
Os trabalhos parlamentares deste final de ano contemplaram a proposta da ex-deputada federal gaúcha Esther Grossi, para que toda a escola pública ou privada tenha, obrigatoriamente, uma biblioteca. O projeto foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados; mas, anteriormente, já havia obtido aprovação pela Comissão de Educação e Cultura, determinando que cada biblioteca tenha pelo menos quatro livros por aluno matriculado. (façam as contas: nossa escola tem aproximadamente 3 mil alunos)
O projeto foi apresentado há seis anos, mas está atual e afinado com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que tem foco no melhor aproveitamento dos espaços educacionais, a exemplo de outros países. Nos EUA, por exemplo, a Associação Americana de Bibliotecas indica 10 livros por aluno em cada biblioteca (que é considerada um dos lugares mais propícios para difundir o interesse pela leitura).
Apenas propiciar, mesmo que por força de lei, a instalação de bibliotecas em cada escola brasileira, não é suficiente, segundo o secretário executivo do PNLL, José Marques Neto, que, em 2008, coordenou a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil". Ele destacou que o desafio é criar uma ampla rede nacional de amparo às bibliotecas públicas.
A criação de ao menos uma biblioteca pública em cada município brasileiro é uma das propostas a serem financiadas pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio do Fundo Pró-Leitura, cujo projeto de lei será encaminhado, em breve, pelo Executivo federal. "Com a criação do Fundo, além de uma biblioteca em cada cidade brasileira, teremos também incentivos para estimular o hábito de leitura - essencial para incluir no mundo dos livros os atuais 73 milhões de não leitores", diz Fabiano Santos, diretor nacional de Livro, Leitura e Literatura, do MinC.
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